Vamos falar do velho ENTRUDO das primeiras décadas do SEC.XX e do que assistimos e vivemos. As DANÇAS eram constítuidas por homens,cerca de 20,metade vestiam-se de mulher.Percorriam os Montes e povoações,a pé,para angariarem dádivas e dinheiro para sustentarem as famílias na época de Inverno,quando faltava o trabalho. Um Pau com uma fita para cada dançarino que com as danças se entrelaçavam,depois dançavam em sentido contrário para desfazer. Uma forma de esmolar,como Manuel da Fonseca relatou num dos seus livros sobre a miséria no Alentejo.Na nossa Juventude havia uma brincadeira a que chamavamos ASSALTOS,um grupo de rapazes e raparigas com uma grafonola e discos iam a uma casa,com cumplicidade de um membro dessa Família, e faziam Baile.Também fizemos parte de pequenos grupos de 3 ou 4 jovens,com máscaras e outros disfarces para não serem conhecidos e eram brindados com cálices de qualquer bebida que houvesse em casa.Nas mercearias e drogarias vendiam-se bombinhas de Carnaval,rabisca-pés,tudo sem perigo,só para assustar,garrafinhas de mau cheiro,serpentinas,mascaras e papelinhos,tudo ingenuidades que divertiam.Na Sociedade Recreativa e mais tarde na Casa do Povo os Bailes de Carnaval tiveram sempre grande afluência. Nas ruas também não esquecemos as brincadeiras do Deolindo Simão,do Zé Romão e do Antonio Leonor (bisavô da Catarina Narciso) que todos os anos percorria as ruas com um bacio de cama (vulgo penico) com vinho branco e um chouriço que ia comendo e bebendo.Falamos dos principios do SEC XX,hoje as Escolas fazem o habitual desfile na Sexta feira antes do Dia de Carnaval e a Casa do Povo para manter a tradição organiza o Baile,êste ano abrilhantado pelas ANAS no Dia 9 de Fevereiro.Quero lembrar que na quarta feira a Casa do Povo não esquecia a tradicional Morte do Carnaval,cujo vulto era queimado na Praça,depois de ser lido o seu testamento,com criticas aos acontecimentos do ultimo ano,com as carpideiras a chorarem a morte do rei Momo.
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