quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

COSTA ALENTEJANA

O Viver Alvalade  vai hoje abordar um tema pessoal : Nasci em SINES,no Castelo,habituei -me a admirar a linda praia,hoje,um dos Portos mais importantes da Europa,depois passei muitas Férias na bela Praia de S. Torpes, a seguir,devido á construção da Central Elétrica fui passar Férias para V.N. de Milfontes , desde há cerca de 30 anos.A Foz do Rio Mira é uma das mais belas paisagens da Costa Portuguesa. Um Fotografo espanhol fez a maravilhosa foto que não resisti a publicar neste Blog,quero ainda lembrar que a Praia das Furnas ganhou o Prémio da RTP 2012 da melhor Praia Rio-Oceano do País, a quem não conhece recomendo uma visita,não só a Milfontes,mas a toda a Costa Alentejana,Porto Covo,Almograve,Zambujeira do Mar,Malhão ou Carrapateira,é a Natureza ainda respeitada

J.raposonobre@hotmail.com

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

RECORDAÇÕES DO CINEMA ALVALADE


Os grandes exitos do Cinema nos anos 60 e 70 do Sec.XX foram os Espetáculos de Variedades com os melhores artistas da época,brilhou com enorme exito ANTONIO CALVARIO (foto acima) no Cinema fez 5 filmes,era vedeta nas Revistas do Parque Mayer,foi vários anos Rei da Rádio,ganhou o Festival RTP da Canção com ORAÇÂO.
Os bilhetes, quando era anunciado, esgotavam-se rapidamente. Gostava muito dos jantares no Restaurante da D.Julia Ramusga. Hoje no Programa PRAÇA DA ALEGRIA,de João Baião,esteve a falar da sua carreira,razão porque fazemos esta mensagem,porque não podemos esquecer a alegria que foram,sobretudo para as jovens de Alvalade, as presenças deste famoso artista,que com muitos outros animaram a nossa terra. Por coincidência, no mesmo programa Alvalade esteve representada pelo Grupo Coral e Instrumental AMANTES DO ALENTEJO que tambem homenageamos como dignos representantes de Alvalade. Mais uma vez lamentamos que aquele local místico esteja ainda a aguardar a sua restauração para fins culturais de que Alvalade necessita

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domingo, 24 de fevereiro de 2013

A MATANÇA DO PORCO

A Carne de Porco é dos principais alimentos do nosso Povo,só em 2012 foram abatidos mais de 5 milhões de animais,mas não vamos falar de matadouros,mas sim do  ritual da Matança do Porco na nossa região. Desde há muitos anos,era Dia de Festa,vinham os familiares ausentes,convidavam-se os melhores amigos,para ajudar e participar.O porco era colocado sobre uma bancada própria,sendo necessários 4 ou 5 homens,em média os animais pesavam de 80 a 120 Klg.Era morto com uma faca grande que atingia o coração,o sangue era aproveitado.A seguir era chamuscado com carqueja e raspado.Depois era
aberto para se retirarem,figado,pulmões,tripas, rins,bexiga,banhas e coração. A seguir era pendurado para ser cortado. O almoço era o grande momento da Festa,a sopa de "moleja" era de pão,sangue e cachola cozidos na agua fervente para deitar na tijela.Algumas pessoas fritavam a cachola em separado para comer com a sopa.Durante a tarde comiam-se as Febras grelhadas que se iam cortando,não faltavam vários garrafões do bom vinho alentejano para afinar as gargantas que cantavam em coro. Entretanto duas ou três mulheres iam para a Ribeira lavar as Tripas que depois serviam para os enchidos do  fumeiro,também se comiam com feijão branco.Depois de cortado o Porco, os Toucinhos eram guardados na Salgadeira com uma Perna que ficava para Presunto.As Banhas eram fritas para guardar e comiam-se os deliciosos torresmos.Estou a citar os tempos em que não havia Eletricidade,nem frigorificos,por essa razão as carnes magras que não se destinavam aos enchidos eram fritas e conservadas cobertas de Banha.Em alguidares ficavam as carnes para Paios,Linguiças e Chouriços,temperadas ao gosto,depois de fazer os enchidos ,eram pendurados no fumeiro da Lareira da Casa.Os ossos das costelas,cabeça e patas eram salgados para os famosos Cozidos á Portuguesa Assisti a muitas Matanças,mas nunca matei porco,porque a preferência pelo Peixe,não justificava.Além das Matanças em Alvalade,também recordo com saudade,as de S.Torpes no Monte do compadre Jacinto.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

PARA ALVALADE COM AMOR


Por organização e coordenação do Dr. Augusto Deodato Guerreiro foi publicado o livro Por Alvalade,com Amor. Teve a colaboração do autor e de outros Alvaladenses que se distinguem,a nivel nacional,na Poesia,na Literatura,na Pintura,também de autarcas,dirigentes Associativos e outros naturais da nossa freguesia. O produto da venda reverte integralmente para ajudar a Casa do Povo de Alvalade nos elevados custos,a seu cargo,40%,na construção do Lar de Idosos, com 60 camas.O Credito Agricola concedeu um empréstimo de 800 mil euros que têm de ser pagos,assim como os juros.A Obra prossegue dentro dos prazos previstos,já é bem visivel a quem passa no local.Ainda existem algumas dezenas de Livros por vender,por isso apelamos a todos os amigos,no país ou estrangeiro, que adquiram o Livro por apenas 12,50 euros.Está á venda no Centro de Dia da Casa do Povo. Também a nossa amiga Maria Dores Amado,residente em Setubal, se tem empenhado na divulgação e venda,um exemplo a seguir.Além do fim a que se destina,o Livro,pelo seu conteudo,tem muitos motivos de interesse para quem nasceu ou viveu nesta bela Vila do Alentejo.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A BICA E O LAVADOURO


Vamos falar das três gravuras que ilustram esta Mensagem:
BICA:é este o nome porque é conhecido o Chafariz que durante muitos e muitos anos serviu a população da Vila.Foi construido pelos Caminhos de Ferro em 1914,quando destruiram uma Fonte onde se ia buscar a água,devido ás Obras da Linha Ferrea do Sul (Barreiro-Vila Real de Santo Antonio),a nascente é tão poderosa que há quási 100 anos dois tubos de cerca de 2 polegadas cada deitam água sem parar,abastecendo também o LAVADOURO PUBLICO que serviu toda a população até que no final da década de 50  foi instalada a rede de distribuição domiciliária de água,depois apareceram as máquinas de Lavar e hoje raras pessoas que ainda o utilizam.Voltando ao passado,era um excelente local de convivio,onde se comentavam os acontecimentos locais.O pior eram as pessoas mais idosas que tinham de transportar á cabeça os Alguidares e subir a Ladeira do Posto,ao tempo com um piso de areia e pedras. Ao lado vê-se uma BILHA DE BARRO,logo que chegamos a Alvalade,no inicio da década de 30,ficamos impressionados com a segurança e equilibrio com que as "moças" levavam á cabeça a Bilha cheia de Agua,que pesaria perto de 10 Klg, na cabeça usavam um trapo enrolado,a que chamavam "sogra"algumas ainda transportavam outra Bilha no quadril.Sobretudo no Verão,depois de regressarem do trabalho,iam a casa tirar a roupa  usada e vestir o vestido de Chita,ou a Blusa com Saia de Cuprama,os tecidos mais baratos da época,e alegremente,muitas vezes na companhia dos rapazes,cumpriam a tarefa de transportar esse bem tão precioso que é a Agua,vi algumas entusiasmadas com a conversa,despejarem a Bilha junto á passagem de nível,para continuar os assuntos tão importantes para elas e para eles,coisas da mocidade...Sobre a Bilha de Barro está um Cocharro de cortiça que servia  para  o aguadeiro dar água aos trabalhadores,nas mondas,nas ceifas e na tiragem da Cortiça.Todos bebiam pelo mesmo cocharro,assim os Virús,Bactéias e outros que tais,tinham uma via de transmissão,surgiam depois as Gripes,Diarreias,Tuberculose
e outras doenças.  Citamos as "moças" que gostosamente iam buscar a água,mas haviam donas de casa mais idosas que,com dificuldade,também subiam a Ladeira do Posto. Para quem tivesse melhores condições económicas,os Aguadeiros vendiam agua de uma Pipa em cima de um carro puxado por Burro ou Egua,o Chico Romão e o Tio Agua Morna foram os que conheci. Também algumas jovens iam buscar a agua,recebendo uma pequena gratificação.Era da tradição ir á Bica a encher  Bilha na noite de S.João com musica a acompanhar. A Casa do Povo costuma manter esta tradição,assim como outras que o Povo Alentejano não esquece. O grande Poeta LUIS DE CAMÕES escreveu:
      Descalça vai para a fonte
      Leonor pela verdura
      Vai fermosa e não segura

       Leva na cabeça o pote
       O testo nas mãos de prata
       Cinta de fina escarlata
       Sainho de chamelote
       Tras a vasquinha de cote
       Mais branca que  neve pura
       Vai fermosa e não segura

       Descobre a touca a garganta
       Cabelos de Ouro entrançado
       Fita de cor de encarnado
       Tão linda que o Mundo espanta
       Chove nela graça tanta
       Que dá graça á fermosura
       Vai fermosa e não segura

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CARNAVAL COM MUSICA PORTUGUESA

Hoje é o Dia do Enterro do Entrudo,é tradição criticar os acontecimentos locais,mas o Viver Alvalade vai criticar o Carnaval,porque em todos os que conhecemos no nosso país,apenas se ouve a Musica Brasileira,nada temos contra os temas Brasileiros,a Cidade Maravilhoso,de Jobim,cantada pelo Portuguesa Carmen Miranda é Musica de todo o Mundo.Tivemos o prazer de participar num intercambio de Seniores Portugueses e Brasileiros que decorreu na Marina da Glória,no Rio de Janeiro,onde durante 5 dias vimos o floclore de todos os Estados Brasileiros,incluindo o Carnaval do Rio. Foi dos melhores momentos a que assistimos. Mas o problema não é a qualidade da musica do Brasil,mas se assistimos a Carnavais portugueses porque não a Musica Portuguesa ?  Não faltam bons compositores de Musica Popular,damos alguns exemplos:CORRIDINHOS DO ALGARVE,VIRAS DO MINHO E NAZARÉ,SAIAS DO ALTO ALENTEJO,QUIM BARREIROS,ZÉ E ANA MALHOA,
MARCHAS DE LISBOA,FERNANDO CORREIA MARQUES E O APITA O COMBOIO,até alguns FADOS RIBATEJANOS. Há uma quantidade de Temas ,onde podemos incluir as composições de Ricardo Landum para a AGATA,ROMANA e outros artistas . O Povo português que assiste e se diverte nos Carnavais iria gostar e delirar com as nossas Musicas,
embore goste,como nós,da Musica do Brasil. Isto é uma critica e uma sugestão.Queremos Musica Portuguesa no nosso CARNAVAL.


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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

OS FORNOS DE POIA

Voltamos hoje a histórias de Alvalade no inicio do SEC.XX  para falar dos Fornos que coziam o nosso Pão.Começamos pela Cultura do Trigo, As nossas Varzeas e as nossas charnecas produziam bom Trigo. Os grandes agricultores e os Seareiros entregavam o produto á FNPT,através do Grémio da Lavoura,mas entregavam na Moagem local o Trigo para consumo anual.A Moagem,inicialmente do Snr. Fragoso foi vendida aos Snrs.Manuel Joaquim Garcia e José João da Bica.Os que não produziam Trigo compravam a Farinha na Moagem. Antes de ser instalada a 1ª Padaria a única maneira de ter Pão era Amassar em Casa e Cozer nos Fornos particulares.Em Alvalade conhecemos os Fornos da Snrª Antonia Belchior,da Snrª Libânia,do Snr. Sabino, alugado á Snrª Palmira Vicente,do Zé Galego,junto á Igreja  e da Snrª Natércia,na Rua Nova Na véspera avisava-se a Forneira que marcava a hora para ir buscar o Tabuleiro. Como cada Fornada levava várias cozeduras o Pão em massa,antes de ser cozido,levava um sinal.As cozeduras eram semanais.A Poia era o Pão para pagar á Forneira,   Quando casei no fim dos anos 50,o Alguidar da Massa,a Tábua de Tender e o Tabuleiro fizeram parte do Enxoval da minha noiva. Entretanto surgiram as Padarias com Farinhas espoadas,que não necessitavam de ser peneiradas,nas novas moagens,exemplo a de Ermidas,e pouco a pouco a população deixou de amassar em casa,os Fornos foram acabando,mas fica a saudade do pão quente ao chegar do Forno e da Tibornia que se fazia com bom azeite novo,sal e alho.  O Pão durava uma semana e ninguém se queixava de estar duro,não havia Pão no Lixo,que belas açordas se faziam...E bom recordar desse tempo o que nos dava prazer.

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

CARNAVAL DE SINES






Apesar deste blogue se destinar a divulgar Alvalade,vamos hoje falar da Cidade onde nasci .SINES e do seu CARNAVAL,o melhor do Alentejo. Foi criado no inicio do Sec. XX,mas por razões que ignoro,foi interrompido durante muitos anos,voltou a realizar-se há cerca de 50 anos,com toda a alegria e entusiasmo duma população muito ativa,cerca de 20 carros alegóricos e um vasto conjunto de lindas jovens que estoicamente aguentam o frio do Inverno no alto dos belos carros. Este ano o Temporal destruiu parte do Armazem onde se guardam os materiais,ocasionando prejuízos,pelo que apelamos aos nossos leitores para  irem a SINES se divertirem e ajudarem quem tanto se esforça para nos animar numa época de austeridade  e receios no futuro. SINES a bela cidade Portuária hoje a principal entrada marítima da Europa,está á nossa espera nos dias 10,11 e 12.Todos lá ! 

Jraposonobre@hotmail.com     

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O FADINHO SERRANO

Vamos hoje recordar os chamados Anos de Ouro que Alvalade viveu nas décadas de 60 e 70 do SEC.XX quando o Cinema Alvalade apresentava grandes espetáculos de Variedades com os artistas mais populares da época,entre os quais ANA HORTENSE,com o FADINHO SERRANO. Hoje ao ouvir ANABELA na TV  cantar este Fado,ainda muito popular,AMALIA também o cantou,mas a sua criadora foi a ANA,não resistimos a fazer esta mensagem.  A ultima vez que a vimos e ouvimos foi no Restaurante Senhor Vinho de MARIA DA FÉ,na Lapa,em Lisboa. ANA HORTENSE sempre que nos via falava  dos Jantares na D. Julia Ramusga,sobretudo das sopas de puré de grão com hortaliças. Ao ver hoje o Monte de Lixo em que transformaram o nosso Cinema,vêm sempre á nossa memória os bons momentos que oferecemos ao publico de Alvalade e arredores.Como Cinema hoje não teria rentabilidade,mas podia ser um Centro Cultural e Biblioteca,com uma pequena Sala para espetáculos.

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