quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Faleceu um homem bom

Faleceu hoje um bom homem,quási com 90 anos,vivia sózinho na sua casa em Mimosa,onde tinha diariamente o apoio do Serviço domiciliário do Centro de Dia da Casa do Povo na alimentação,higiene pessoal e limpeza da casa,á noite uma pessoa contratada dava assistência.
Quando mais jovem no Monte onde vivia,Vale de Zebro,como apaixonado pelo Futebol,tinha um campo para onde convidava os amigos para jogos de solteiros e casados e no final uma almoçarada com borregos ou galinhas da exploração própria,participei em alguns. No Futebol Clube Alvaladense ,fizemos ambos parte duma direção,quando o clube disputou a 2ª divisão da A.F.de Setubal,com uma equipa dinamica,onde disputavamos jogos na zona norte do distrito,Alcochete,Samouco,Poceirão e outras,quando estas equipas vinham a Alvalade,com autocarros de apoiantes era sempre Domingo festivo.Nas referidas deslocações eram os nossos carros que levavam os  jogadores,os nossos almoços,quási sempre em Aguas de Moura pagavamos nós,mesmo sem cobrar a Gasolina ao clube que só pagava o almoço dos atletas.No regresso ou vitoriosos,ou derrotados,eram nós,dirigentes que gostosamente pagavamos uma merenda sempre abundante,assim o F.C.Alvaladense pode destacar-se
no Distrito de Setubal. O Francisco do Vale de Zebro foi sempre impecável dirigente e colaborador em prol do clube da sua terra.Como testemunha ativa aqui deixo a minha maior estima e gratidão para um Homem Bom que hoje desaparece do nosso convivio.Paz á sua Alma.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os Alentejanos e Alvalade Medieval

Desde sempre os Alentejanos são as grandes "vitimas" do anedotário nacional,a sua calma,o tom melodico das suas canções,por sofrerem no Verão as temperaturas mais elevadas do pais,levou a que fôssem considerados os reis da perguiça,ainda há dias um jornal premiou a seguinte anedota:Dois compadres alentejanos estavam assentados,o vento soprava de norte,quando viram passar notas de 100 euros,diz um para o outro,compadri se o vento muda fiquemos ricos.
O que sempre vi,mesmo antes da mecanização da Lavoura foi um Povo laborioso,nunca voltando costas ao trabalho,mesmo com salários miseráveis,semear o trigo e o adubo,êste com consequências graves para a saúde,mondar,ceifar,trabalhar arduamente nas debulhaduras,guardar dia e noite os gados,vindo a casa uma vez por semana para ver a família e trocar de roupa,quando o Alentejo produzia os bens alimentares que hoje temos de importar quási na totalidade.
Nos anos 40 do sec XX N.S. de Fatima veio em procissão ao Alentejo,Alvalade cobriu as ruas de verduras e flores,como agora se faz em Redondo,ou Ermidas,tambem Alentejanos.
Vem esta introdução a propósito das Comemorações do Foral da Vila de Alvalade,êste ano o 501º. Toda a população se empenhou,dos mais jovens aos mais idosos para que a Festa tivesse um brilho que os milhares de visitantes e Feirantes a considerem a melhor Feira Medieval do Pais. Isto não são Alentejanos perguiçosos,são gente determinada e lutadora,como sempre os conheci,ja se pensa na festa dos 502º aniversário. Como se diz na giria:Alentejanos duma cana,mostrem que somos o povo da luta e trabalho