comerciante.O seu trabalho era de 24 horas por dia,sempre junto do seu rebanho,suportando as agruras dos inverno e os calores do Verão,de 15 em 15 dias tinham umas horas para vir fazer a barba,vestir roupa,era assim que diziam,ver a familia e levar mantimentos,quando o pastoreio não era muito longe as esposas,ou companheiras,iam visita-los e levar coisas que tinham falta.Nos anos 40 auferiam um salario de 100 escudos mensais,quando na época o normal eram 500 ou 600 escudos,recebiam as chamadas comedorias que eram um porco gordo,anualmente,um saco de farinha,legumes,azeite e pouco mais por mês. Alem disto tinham direito a uma percentagem,creio que 10 por cento, dos borregos que as ovelhas pariam,a que chamavam "polvilhal" e que vendiam nas Feiras. Era com este rendimento que vinham ás lojas fazer as compras para toda a familia, de roupas e calçado.
Alguns,fazendo grandes economias,conseguiam juntar dinheiro para comprar uma pequena moradia para quando
não pudessem trabalhar e amealhar para o futura,ao tempo só os empregados do Estado recebiam reformas.Voltando á atividade de Pastores,eram os cães os seus importantes auxiliares no dominio dos rebanhos,quando eram muitas
unidades tinham direito aos "ajudas" que eram crianças,
filhos ou não,que não frequentando a Escola, aprendiam uma profissão que um dia seria o seu "futuro".
Quando nos deliciamos com um belo ensopado,ou uma perna de borrego assada no forno era bom que não esqueçamos o que é a luta diária daqueles que dão o seu esforço para que o nosso Alentejo produza dos mais saborosos borregos do pais,embora hoje as condiçoes dos Pastores sejam melhores do que eram há 60 ou 70 anos.
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