Ao falar de Poetas Populares,temos de citar o que consideramos o mais importante de todos,ANTONIO ALEIXO,algarvio de Loulé,mas o que contamos a seguir justificam a razão porque o Viver Alvalade lhe dedica a presente mensagem.
Entretanto,queremos informar que António Aleixo,cauteleiro e guardador de gado,cantor de feira em feira,não sendo totalmente analfabeto,não era capaz de escrever com correcção,mas os seus versos são de uma amarga filosofia,aprendida na escola impiedosa da vida,que nos impressionam. Ficaria para sempre limitado ao Algarve se um Professor de Coimbra,em férias nas quentes praias algarvias,
Dr. Joaquim Magalhães,seu grande amigo,impressionado pela sua inigualável arte poética,não reunisse o que escrevia e não promovesse a sua divulgação a nível nacional.
Agora o motivo do interesse do Viver Alvalade na história de António Aleixo. Um alvaladense,Domingos Amareleja foi viver para o Algarve e abriu um pequeno Café em Olhão,junto da Lota do Peixe,Aleixo era visita frequente vendendo cautelas e bebendo uns cálices,eram amigos, o poeta com suas quadras cativava quem com êle convivesse. Um dia estava sentado numa mesa a tomar uma bebida,mal vestido,como sempre,entraram para tomar uns cafés, dois indivíduos,bem vestidos,de gravata,um disse para o outro "cuidado,pá,está ali um ladrão",vendo o Aleixo numa mesa. Aleixo ouviu e escreveu as seguintes quadras :
Mas há muitos que eu conheço
Que,sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço
Enquanto o homem pensar
Que vale mais que outro homem,
São como os cães a ladrar,
Não deixam comer,nem comem
O Domingos que voltou a Alvalade,onde faleceu,contou-me várias vezes esta e outras histórias do Aleixo,com quem conviveu durante anos
Jraposonobre@hotmail.com
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