Nessas épocas as raparigas iam sempre acompanhadas das mães,as quais tinham lugares certos na Sala,para controlarem as filhas.O director-chefe de Sala encarregava-se de reservar os lugares.Na entrada da Sala havia uma Barra em madeira para limitar o espaço onde estavam os rapazes,quando a musica se iniciava,saiam pelas aberturas laterais e dirigiam-se á jovem escolhida,se Ela recusava,Ele vinha triste,tinha levado um "cabaço",mas a maioria tinha par certo,ou já era namoro,ou inicio.Para arranjar dinheiro para pagar ao "tocador" faziam-se "cravanços",o baile era interrompido e os rapazes pagavam 2$50.O rendimento da Sociedade era a exploração do Bar e a quotização dos sócios.Como a energia eléctrica só chegou em finais dos anos 50,usavam-se Petromaxes a petróleo que muitas vezes avariavam e a Sala ficava na escuridão,Tantos beijinhos roubados...Havia bons e maus dançarinos.eu era dos piores,mas lembro os avós da conhecida Silvia Alberto,Natércia e Joaquim Antonio, que por vezes todos paravam para os ver dançar.
Vamos á Cultura,Haviam uma Biblioteca com os melhores romances,na maioria portugueses,Camilo Castelo Branco,Almeida Garret ou Aquilino Ribeiro.Um dos Directores era responsável pelo empréstimo dos livros aos sócios,sem custos.
Na Cultura havia o Teatro Amador,de que falaremos noutra mensagem,pela sua importância,esta seria muito longa.Só os convencidos dum valor que não têm escrevem grandes crónicas que ninguém lê.
Jraposonobre@hotmail.com
 |
| UM DOS MODELOS DE PETROMAX USADO NOS BAILS |
Sem comentários:
Enviar um comentário